Sinto o cheiro do gudang.
À minha frente, um maço e tchan-tchan:
Gudang achado, pra ficar relaxado.
Meu suor escorre na mesa deste bar.
Reviro a carteira, com quanto posso me embebedar?
Cervejas viradas, já não me fazem efeito.
Me traga um whisky, me mostra teu peito,
Meretriz insolente! Tu cobras e descobres;
Tu sentas e atiças meus sentidos menos nobres.
Numa cruzada de pernas me levou o juízo:
Senhor, meu Deus! Estou à beira do abismo!
Converta-me, Deus, me tire deste chão!
Mas não hoje, Senhor, hoje eu sou mesmo este cão.
De rosto prostrado, abatido e acabado;
De mãos a pender sobre a mesa, drogado.
Bêbado e feliz.
De coração vazio e um forte cheiro no nariz:
Cheiro de gudang.
Me devolva meu maço, meretriz infeliz!
Postagem de 23/10/07 em http://fa13jornalismo.blogspot.com
terça-feira, 29 de setembro de 2009
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